A farinha de milho é um ingrediente muito utilizado na culinária brasileira, especialmente em receitas típicas como bolos, pães, farofas, broas, bolinhos, cuscuz, massas e tortas. Mas será que a farinha de milho tem carboidrato? E se tem, qual é a quantidade e o tipo de carboidrato presente nesse alimento?
Essas são perguntas importantes para quem segue uma dieta com restrição ou controle de carboidratos, como a low-carb ou a cetogênica. Neste artigo, vamos esclarecer essas dúvidas e mostrar como a farinha de milho pode afetar a sua saúde e o seu peso.
O que é a farinha de milho?
A farinha de milho é um pó fino que se obtém moendo os grãos de milho. O milho é um cereal originário da América e cultivado há milhares de anos pelos povos indígenas. Hoje em dia, o milho é um dos alimentos mais produzidos e consumidos no mundo, tanto na forma de grãos como na forma de derivados, como a farinha, o fubá, o amido e o óleo.
A farinha de milho tem glúten?
O glúten é uma proteína encontrada em alguns cereais, como o trigo, o centeio e a cevada. Algumas pessoas têm intolerância ou alergia ao glúten e precisam evitar o seu consumo. Outras optam por eliminar o glúten da dieta por questões de saúde ou preferência pessoal.
A boa notícia é que a farinha de milho não contém glúten naturalmente em sua composição. Portanto, ela pode ser uma alternativa para substituir a farinha de trigo em algumas receitas, como bolos, pães e salgados empanados.
No entanto, é preciso ter cuidado com a possibilidade de contaminação cruzada, que ocorre quando um produto sem glúten entra em contato com outro que contém glúten durante o processamento, o armazenamento, a embalagem ou o transporte.
Por isso, ao comprar a sua farinha de milho, verifique sempre o rótulo e procure por produtos que tenham o selo ou a indicação de “sem glúten” ou “gluten-free”. Assim você garante que o produto não foi contaminado pelo glúten e pode consumi-lo sem problemas.
A farinha de milho tem carboidrato?
Sim, a farinha de milho tem carboidrato. Na verdade, ela é composta principalmente por carboidratos, que representam cerca de 90% da sua composição. Os carboidratos são macronutrientes que fornecem energia para o organismo e são essenciais para o funcionamento do cérebro e dos músculos.
No entanto, nem todos os carboidratos são iguais. Eles podem ser classificados em simples ou complexos, dependendo da sua estrutura química e do seu tempo de digestão. Os carboidratos simples são aqueles que têm uma estrutura mais simples e são digeridos rapidamente pelo organismo. Eles causam um pico de glicose no sangue e uma liberação rápida de insulina, o hormônio responsável por levar a glicose para as células. Exemplos de carboidratos simples são o açúcar refinado, o mel, as frutas e os sucos.
Já os carboidratos complexos são aqueles que têm uma estrutura mais complexa e são digeridos lentamente pelo organismo. Eles causam uma elevação gradual da glicose no sangue e uma liberação moderada de insulina. Exemplos de carboidratos complexos são os cereais integrais, as leguminosas, os tubérculos e as verduras.
A farinha de milho é um carboidrato complexo, de difícil digestão. Isso significa que ela faz o seu organismo trabalhar mais para processá-la. Assim você queima mais calorias do que quando consome arroz ou farinha branca.
Qual é a quantidade de carboidrato na farinha de milho?
A quantidade de carboidrato na farinha de milho pode variar de acordo com a marca e o tipo do produto. Por isso, é importante sempre conferir o rótulo e verificar a informação nutricional por porção.
De modo geral, podemos estimar que a farinha de milho tem em média 90 gramas de carboidrato a cada 100 gramas do produto. Isso equivale a cerca de 27 gramas de carboidrato em uma colher de sopa ou 30 gramas do produto.
Para ter uma ideia, veja a seguir alguns exemplos de quantidade de carboidrato em diferentes marcas e tipos de farinha de milho:
- Farinha de milho (genérica): 30 g: aproximadamente 27,4 g de carboidratos; 100 g: 91,27 g de carboidratos; 1 xícara: 116,83 g de carboidratos.
- Farinha de milho amarela da marca Yoki: 30 g: 24,6 g de carboidratos; ½ xícara ou 50 g: 41 g de carboidratos; 1 xícara ou 100 g: 82 g de carboidratos.
- Farinha de milho da marca Vitamilho: 30 g: 23,25 g de carboidratos; ½ xícara ou 40 g: 31 g de carboidratos; 1 xícara ou 80 g: 62 g de carboidratos; 100 g: 77,5 g de carboidratos.
A farinha de milho é low-carb?
Low-carb é um termo que se refere a uma dieta com baixo consumo de carboidratos. Não há uma definição única do que é uma dieta low-carb, mas geralmente ela envolve uma ingestão diária entre 50 e 150 gramas de carboidratos, dependendo do objetivo e das características individuais de cada pessoa.
Considerando esses valores, podemos dizer que a farinha de milho não é um alimento low-carb, pois tem uma quantidade elevada de carboidratos por porção. Portanto, ela não é recomendada para quem segue esse tipo de dieta ou quer reduzir o consumo de carboidratos.
A farinha de milho engorda?
A farinha de milho não engorda por si só, mas pode contribuir para o ganho de peso se consumida em excesso ou associada a outros alimentos calóricos. Isso porque ela é um alimento rico em calorias e em carboidratos, que podem se acumular como gordura no organismo se não forem utilizados como fonte de energia.
Uma colher de sopa ou 30 gramas de farinha de milho tem cerca de 110 calorias. Isso equivale a quase o dobro das calorias presentes na mesma quantidade de arroz branco cozido, que tem cerca de 60 calorias.
Além disso, muitas receitas que levam farinha de milho também levam outros ingredientes que aumentam o valor calórico e o teor de gordura do prato, como óleo, manteiga, leite condensado, coco ralado, queijo e carne. Por isso, é preciso ter moderação no consumo desses alimentos e optar por versões mais leves e saudáveis quando possível.
A farinha de milho faz bem?
A farinha de milho pode fazer bem para a saúde se consumida com equilíbrio e dentro de uma alimentação variada e nutritiva. Ela é fonte de fibras, que ajudam na regulação do intestino, no controle do colesterol e na prevenção da diabetes.
Ela também contém vitaminas do complexo B, que participam do metabolismo energético e do funcionamento do sistema nervoso. Além disso, ela fornece minerais como ferro, fósforo, magnésio e zinco, que são importantes para a formação dos glóbulos vermelhos, a saúde dos ossos, a contração muscular e a imunidade.
No entanto, a farinha de milho também pode fazer mal para algumas pessoas que têm alergia ou intolerância ao milho ou aos seus derivados. Nesses casos, o consumo da farinha pode causar sintomas como urticária, erupção cutânea, náusea, cólicas estomacais, indigestão, vômito e diarréias.